Muito mais do que a voz de <em>Avante, camarada</em>
Luísa Basto não é um nome artístico. É um nome de clandestinidade. Filha de funcionários do Partido, ainda criança rumou à União Soviética e por lá estudou e se fez mulher e cantora.
Pela sua conotação com o Partido, acredita terem-lhe sido fechadas muitas portas no mundo da música. Mas não se arrepende de nada. Tudo o que é, afirma, deve-o ao PCP e ao povo da União Soviética.
Este ano regressa à Festa do Avante! para um espectáculo que, acredita, será «muito especial».
Luísa Basto canta «desde sempre». Da infância em Vale de Vargo, no Baixo Alentejo, guarda memórias das cantorias dos operários agrícolas, nas quais toda a gente participava: Os pais e ela também. Em sua opinião, talvez lhe venha daqui o gosto pela música. Mas foi em Moscovo que se fez cantora, afirma com convicção.
Como muitas outras crianças filhas de funcionários do Partido que se encontravam clandestinos ou presos, rumou para a União Soviética no princípio dos anos 60. Tinha 12 anos. Era a forma que havia de garantir a estas crianças a educação que o fascismo lhes negava. Para trás, a quarta classe e alguns anos a trabalhar com os pais nas tipografias clandestinas.
A separação da família foi difícil, recorda. Mas lembra-se de não ter vacilado quando lhe propuseram viajar para a longínqua Rússia. «Circulavam pelas casas clandestinas vários livros – A Jovem Guarda, Arco-Íris ou Dez Dias que Abalaram o Mundo – e o imaginário começava a trabalhar», afirmou ao Avante! Luísa Basto. A realidade da União Soviética não desiludiu a jovem, que conhecia as façanhas fantásticas e heróicas desse país distante, onde os trabalhadores decidiam do seu próprio destino, apenas pelos livros e por relatos de camaradas mais velhos.
«Foi uma vida muito preenchida», destaca a cantora. «Aprendi muitas coisas lá e isso devo-o ao Partido, mas também àquele povo que sempre nos ajudou, nos sustentou e que nos deu, efectivamente, um curso e uma educação.» Depois de frequentar a escola preparatória para estrangeiros, onde aprendeu sobretudo a língua e cultura russas, Luísa Basto entrou na Escola de Música e, quatro anos mais tarde, no Instituto Musical Pedagógico do Estado, em Moscovo. Seis anos depois, em 1973, concluía o curso de licenciatura em Canto.
É com uma mágoa que não tenta esconder que Luísa Basto conta que em Portugal não é considerada licenciada. São-lhe exigidas uma série de equivalências que não consegue obter. «Só tenho o diploma com as disciplinas e as horas de cada uma delas», relata. «Se estes seis anos no Instituto não são uma licenciatura não sei o que será», desabafou ao Avante!.
A história, minuto a minuto
Em 1967, Luísa Basto grava em Moscovo o seu primeiro disco, Canções Portuguesas, no qual se inclui Avante, camarada, de Luís Cília. O disco entra clandestinamente em Portugal e faz o seu caminho. Em vésperas do 25 de Abril, a canção Avante, camarada era já um dos mais conhecidos hinos da resistência antifascista.
Luísa Basto lembra-se da gravação desse disco, com a Orquestra da Rádio e Televisão Soviética. Era tudo gravado ao vivo e, quando alguma coisa corria mal, tinha que se começar tudo de novo. Ouvindo hoje Canções Portuguesas, Luísa Basto confessa que tem vontade de rir. «Eu era uma miúda em frente a um maestro e uma orquestra.» A seguir ao disco de estreia, a jovem cantora prestou provas de canto e entrou no instituto que a formaria, seis anos mais tarde.
O 25 de Abril apanhou-a em Paris, a tratar da sua legalização em França. Tinha terminado o curso em finais do ano anterior e o Partido entendia que era melhor fixar-se na capital francesa, onde aliás, se encontravam alguns dos seus mais destacados dirigentes. Quando soube da Revolução, quis regressar a Portugal, o que acabou por acontecer no dia 6 de Maio. «Depois foram centenas de espectáculos por todo o País, em comícios e campanhas, e também pelo estrangeiro», lembra Luísa Basto. Naqueles dias, recorda, «a história fazia-se minuto a minuto, estava tudo em ebulição. Era impressionante».
Em 1974, ao regressar a Portugal, era já um nome famoso da música popular e revolucionária. Longe iam já os tempos daquela primeira actuação no Clube Internacional da Amizade, acompanhada por um acordeonista soviético. «Apanhada» a cantarolar por professoras da escola para estrangeiros, foi desafiada a cantar numa iniciativa do Clube, que funcionava no edifício da Universidade. Acedeu, longe de saber que seria o primeiro de muitos espectáculos de uma carreira que está longe do seu fim.
Um nome «demasiado vermelho»
O nome de Luísa Basto ficará para sempre associado à voz que emprestou a um dos mais famosos hinos revolucionários portugueses, o Avante, camarada. Por esta conotação, afirma, muitas portas do mundo da música foram-lhe fechadas. E lembra o episódio do director da Telectra que sugeriu que mudasse de nome artístico, pois aquele que utilizava era demasiado «vermelho». Luísa manteve o seu nome e acabou por gravar vários trabalhos com aquela editora, entretanto desaparecida. Estava-se em 1974.
Hoje, mais de trinta anos passados, continua a aperceber-se de «uma certa relutância das editoras e dos órgãos de comunicação em me divulgarem e ao meu trabalho». Aliás, o seu último disco, Alentejo, foi editado pela Câmara Municipal de Serpa e não por qualquer editora. Mas, prosseguiu, «qual é a editora que aposta em artistas que digam alguma coisa a este povo? Apostam em coisas plásticas, simples…»
Luísa admite que a sua ligação ao Partido lhe pode ter fechado algumas portas. Mas, reafirmou, «não me envergonho. Pelo contrário, tenho muito orgulho nisso». E lembra-se de outros cantores que, na altura da Revolução, eram comunistas e que hoje «estão-se nas tintas». «O dinheiro faz falta, é claro. Mas há coisas mais importantes, como a nossa dignidade», realçou. As memórias que guarda de criança, do duro trabalho do campo e das lutas dos operários agrícolas, fá-la afirmar decidida: «Não podia ser outra coisa.»
Se ser comunista lhe trouxe dissabores profissionais – dos quais, apesar de tudo, não se arrepende – também lhe traz grandes alegrias. De todas as que tem, realça o carinho com que é recebida quando sobe a um palco. Carinho que em sua opinião, resulta do percurso dedicado e coerente que mantém: «Somos seres humanos que vivemos neste país e queremos que as pessoas tenham uma vida melhor.»
Por subir ao palco e cantar não se sente mais importante do que ninguém. «Cantar é a minha profissão e um serralheiro é também um artista naquilo que faz», rematou. Apesar das «censuras» de que é alvo, Luísa Basto não baixa os braços. Actualmente, divide o seu tempo pelos espectáculos e pelo restaurante que mantém em Almada, onde também canta. Ainda recentemente, encabeçava um projecto da Câmara Municipal da Moita de alfabetização musical para crianças.
A «Luísa» nasceu em Moscovo
Luísa Basto não é o nome artístico de Úrsula Machado. É o seu nome de clandestinidade. Chegada a Moscovo ainda criança, depois de uma difícil viagem que passou por Paris e por Praga, foi recebida, juntamente com outras crianças no hotel do Partido Comunista da União Soviética. No local estava o próprio Álvaro Cunhal, que recentemente havia participado na fuga de Peniche.
Na recepção, recorda, o dirigente do PCP perguntou às crianças como se chamavam e de onde vinham. «Não lhe respondi», lembra-se Luísa Basto. Como era necessário, apesar da nova liberdade de que gozavam, manter identidades falsas, Álvaro Cunhal propôs: «Vais ser Luísa Basto. Pode ser?». «Sim, pode», afirmou. E assim nasceu o seu pseudónimo que não é um nome artístico, mas um nome de clandestinidade. «E tenho muito orgulho nisso.»
Uma carreira cheia, que continua
Luísa Basto iniciou a sua carreira musical em Moscovo onde, em 1973, concluiu um curso superior de Canto no Instituto Musical Pedagógico do Estado. Ainda em Moscovo gravou o Avante, camarada, hino da resistência comunista em Portugal.
Regressada a Portugal em Maio de 1974, no Primeiro Maio das Nossas Vidas, como cantou, participou em diversos espectáculos pelo país e visitou países como Cuba, França, Luxemburgo, Bélgica, Suíça, Suécia, Holanda, Inglaterra, Canadá, Angola.
Participou também em duas peças musicais de Ary dos Santos e representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1977, com o grupo Os Amigos.
Tem vários discos gravados (o primeiro ainda em Moscovo, acompanhada pela Orquestra da Rádio e Televisão Soviética), com poemas de Eugénio de Andrade, José Gomes Ferreira, Manuel da Fonseca, Florbela Espanca, João Fernando, entre outros.
Gravou composições de Paco Bandeira, Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, Carlos Mendes, João Fernando, Samuel, entre outros.
O seu último trabalho discográfico, com o nome Alentejo, foi editado já em 2006 pela Câmara Municipal de Serpa e inclui dez temas sobre o Alentejo, suas raízes e realidades.
A par da actividade artística, leccionou música nas escolas do Concelho da Moita, num projecto da responsabilidade da autarquia. Pertence aos corpos gerentes da Associação Cultural Manuel da Fonseca (ACMF) onde faz parte do Grupo de Teatro e dirige o Coro da ACMF.
A convite de Filipe La Féria participou no musical Amália, onde interpretava a figura principal.
Em 1994 foi agraciada pela Câmara Municipal de Almada com a Medalha de Ouro de Mérito Cultural.
O espectáculo que Luísa Basto traz à Festa do Avante! pretende comemorar os trinta anos desta iniciativa, marcante na vida cultural e política do País.
Traça um percurso que se iniciou em Moscovo com a gravação do disco Canções Portuguesas e com outras canções revolucionárias, seguindo-se uma passagem por grandes poetas gravados já em Portugal, depois do 25 de Abril. A fase final do espectáculo mostrará uma terceira «fase», onde se incluem canções dos seus dois últimos trabalhos e encerrará com Assim Como Quem Nasce e Avante, camarada. Desta forma encerra-se o ciclo fundindo o percurso biográfico e político de Luísa Basto.
Como muitas outras crianças filhas de funcionários do Partido que se encontravam clandestinos ou presos, rumou para a União Soviética no princípio dos anos 60. Tinha 12 anos. Era a forma que havia de garantir a estas crianças a educação que o fascismo lhes negava. Para trás, a quarta classe e alguns anos a trabalhar com os pais nas tipografias clandestinas.
A separação da família foi difícil, recorda. Mas lembra-se de não ter vacilado quando lhe propuseram viajar para a longínqua Rússia. «Circulavam pelas casas clandestinas vários livros – A Jovem Guarda, Arco-Íris ou Dez Dias que Abalaram o Mundo – e o imaginário começava a trabalhar», afirmou ao Avante! Luísa Basto. A realidade da União Soviética não desiludiu a jovem, que conhecia as façanhas fantásticas e heróicas desse país distante, onde os trabalhadores decidiam do seu próprio destino, apenas pelos livros e por relatos de camaradas mais velhos.
«Foi uma vida muito preenchida», destaca a cantora. «Aprendi muitas coisas lá e isso devo-o ao Partido, mas também àquele povo que sempre nos ajudou, nos sustentou e que nos deu, efectivamente, um curso e uma educação.» Depois de frequentar a escola preparatória para estrangeiros, onde aprendeu sobretudo a língua e cultura russas, Luísa Basto entrou na Escola de Música e, quatro anos mais tarde, no Instituto Musical Pedagógico do Estado, em Moscovo. Seis anos depois, em 1973, concluía o curso de licenciatura em Canto.
É com uma mágoa que não tenta esconder que Luísa Basto conta que em Portugal não é considerada licenciada. São-lhe exigidas uma série de equivalências que não consegue obter. «Só tenho o diploma com as disciplinas e as horas de cada uma delas», relata. «Se estes seis anos no Instituto não são uma licenciatura não sei o que será», desabafou ao Avante!.
A história, minuto a minuto
Em 1967, Luísa Basto grava em Moscovo o seu primeiro disco, Canções Portuguesas, no qual se inclui Avante, camarada, de Luís Cília. O disco entra clandestinamente em Portugal e faz o seu caminho. Em vésperas do 25 de Abril, a canção Avante, camarada era já um dos mais conhecidos hinos da resistência antifascista.
Luísa Basto lembra-se da gravação desse disco, com a Orquestra da Rádio e Televisão Soviética. Era tudo gravado ao vivo e, quando alguma coisa corria mal, tinha que se começar tudo de novo. Ouvindo hoje Canções Portuguesas, Luísa Basto confessa que tem vontade de rir. «Eu era uma miúda em frente a um maestro e uma orquestra.» A seguir ao disco de estreia, a jovem cantora prestou provas de canto e entrou no instituto que a formaria, seis anos mais tarde.
O 25 de Abril apanhou-a em Paris, a tratar da sua legalização em França. Tinha terminado o curso em finais do ano anterior e o Partido entendia que era melhor fixar-se na capital francesa, onde aliás, se encontravam alguns dos seus mais destacados dirigentes. Quando soube da Revolução, quis regressar a Portugal, o que acabou por acontecer no dia 6 de Maio. «Depois foram centenas de espectáculos por todo o País, em comícios e campanhas, e também pelo estrangeiro», lembra Luísa Basto. Naqueles dias, recorda, «a história fazia-se minuto a minuto, estava tudo em ebulição. Era impressionante».
Em 1974, ao regressar a Portugal, era já um nome famoso da música popular e revolucionária. Longe iam já os tempos daquela primeira actuação no Clube Internacional da Amizade, acompanhada por um acordeonista soviético. «Apanhada» a cantarolar por professoras da escola para estrangeiros, foi desafiada a cantar numa iniciativa do Clube, que funcionava no edifício da Universidade. Acedeu, longe de saber que seria o primeiro de muitos espectáculos de uma carreira que está longe do seu fim.
Um nome «demasiado vermelho»
O nome de Luísa Basto ficará para sempre associado à voz que emprestou a um dos mais famosos hinos revolucionários portugueses, o Avante, camarada. Por esta conotação, afirma, muitas portas do mundo da música foram-lhe fechadas. E lembra o episódio do director da Telectra que sugeriu que mudasse de nome artístico, pois aquele que utilizava era demasiado «vermelho». Luísa manteve o seu nome e acabou por gravar vários trabalhos com aquela editora, entretanto desaparecida. Estava-se em 1974.
Hoje, mais de trinta anos passados, continua a aperceber-se de «uma certa relutância das editoras e dos órgãos de comunicação em me divulgarem e ao meu trabalho». Aliás, o seu último disco, Alentejo, foi editado pela Câmara Municipal de Serpa e não por qualquer editora. Mas, prosseguiu, «qual é a editora que aposta em artistas que digam alguma coisa a este povo? Apostam em coisas plásticas, simples…»
Luísa admite que a sua ligação ao Partido lhe pode ter fechado algumas portas. Mas, reafirmou, «não me envergonho. Pelo contrário, tenho muito orgulho nisso». E lembra-se de outros cantores que, na altura da Revolução, eram comunistas e que hoje «estão-se nas tintas». «O dinheiro faz falta, é claro. Mas há coisas mais importantes, como a nossa dignidade», realçou. As memórias que guarda de criança, do duro trabalho do campo e das lutas dos operários agrícolas, fá-la afirmar decidida: «Não podia ser outra coisa.»
Se ser comunista lhe trouxe dissabores profissionais – dos quais, apesar de tudo, não se arrepende – também lhe traz grandes alegrias. De todas as que tem, realça o carinho com que é recebida quando sobe a um palco. Carinho que em sua opinião, resulta do percurso dedicado e coerente que mantém: «Somos seres humanos que vivemos neste país e queremos que as pessoas tenham uma vida melhor.»
Por subir ao palco e cantar não se sente mais importante do que ninguém. «Cantar é a minha profissão e um serralheiro é também um artista naquilo que faz», rematou. Apesar das «censuras» de que é alvo, Luísa Basto não baixa os braços. Actualmente, divide o seu tempo pelos espectáculos e pelo restaurante que mantém em Almada, onde também canta. Ainda recentemente, encabeçava um projecto da Câmara Municipal da Moita de alfabetização musical para crianças.
A «Luísa» nasceu em Moscovo
Luísa Basto não é o nome artístico de Úrsula Machado. É o seu nome de clandestinidade. Chegada a Moscovo ainda criança, depois de uma difícil viagem que passou por Paris e por Praga, foi recebida, juntamente com outras crianças no hotel do Partido Comunista da União Soviética. No local estava o próprio Álvaro Cunhal, que recentemente havia participado na fuga de Peniche.
Na recepção, recorda, o dirigente do PCP perguntou às crianças como se chamavam e de onde vinham. «Não lhe respondi», lembra-se Luísa Basto. Como era necessário, apesar da nova liberdade de que gozavam, manter identidades falsas, Álvaro Cunhal propôs: «Vais ser Luísa Basto. Pode ser?». «Sim, pode», afirmou. E assim nasceu o seu pseudónimo que não é um nome artístico, mas um nome de clandestinidade. «E tenho muito orgulho nisso.»
Uma carreira cheia, que continua
Luísa Basto iniciou a sua carreira musical em Moscovo onde, em 1973, concluiu um curso superior de Canto no Instituto Musical Pedagógico do Estado. Ainda em Moscovo gravou o Avante, camarada, hino da resistência comunista em Portugal.
Regressada a Portugal em Maio de 1974, no Primeiro Maio das Nossas Vidas, como cantou, participou em diversos espectáculos pelo país e visitou países como Cuba, França, Luxemburgo, Bélgica, Suíça, Suécia, Holanda, Inglaterra, Canadá, Angola.
Participou também em duas peças musicais de Ary dos Santos e representou Portugal no Festival da Eurovisão em 1977, com o grupo Os Amigos.
Tem vários discos gravados (o primeiro ainda em Moscovo, acompanhada pela Orquestra da Rádio e Televisão Soviética), com poemas de Eugénio de Andrade, José Gomes Ferreira, Manuel da Fonseca, Florbela Espanca, João Fernando, entre outros.
Gravou composições de Paco Bandeira, Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, Carlos Mendes, João Fernando, Samuel, entre outros.
O seu último trabalho discográfico, com o nome Alentejo, foi editado já em 2006 pela Câmara Municipal de Serpa e inclui dez temas sobre o Alentejo, suas raízes e realidades.
A par da actividade artística, leccionou música nas escolas do Concelho da Moita, num projecto da responsabilidade da autarquia. Pertence aos corpos gerentes da Associação Cultural Manuel da Fonseca (ACMF) onde faz parte do Grupo de Teatro e dirige o Coro da ACMF.
A convite de Filipe La Féria participou no musical Amália, onde interpretava a figura principal.
Em 1994 foi agraciada pela Câmara Municipal de Almada com a Medalha de Ouro de Mérito Cultural.
O espectáculo que Luísa Basto traz à Festa do Avante! pretende comemorar os trinta anos desta iniciativa, marcante na vida cultural e política do País.
Traça um percurso que se iniciou em Moscovo com a gravação do disco Canções Portuguesas e com outras canções revolucionárias, seguindo-se uma passagem por grandes poetas gravados já em Portugal, depois do 25 de Abril. A fase final do espectáculo mostrará uma terceira «fase», onde se incluem canções dos seus dois últimos trabalhos e encerrará com Assim Como Quem Nasce e Avante, camarada. Desta forma encerra-se o ciclo fundindo o percurso biográfico e político de Luísa Basto.